29.3.05

As mulheres são sensíveis !

As mulheres são sensíveis !
Ouvi um destes dias de um colega de trabalho. O homem, grande como um poste mas nalgumas coisas inocente como uma criança, divagava sobre um qualquer mal entendido , talvez até desconsideração, que numa reunião de amigos alguém tivera para com a sua.
Entre as pessoas que o ouviam, duas mulheres, irmãs, sorriam, não sei de incredulidade pelo despropósito dos comentários, pela completa anuência pelo afirmado, ou se – julgo ser esta a razão – pela satifação de ver reconhecido aquilo que normalmente afirmam:
- As mulheres são sensíveis !
Claro que são !
Os homens também !
Os homens só não usam essa sensibilidade como arma. Um homem sente, e sofre, um desgosto familiar, uma desconsideração, uma traição de um amigo, um amor não correspondido.Então pragueja.
Uma mulher não pragueja. Um qualquer problemazito, por muito pequeno que seja, e logo uma maravilhosa lágrima aparece a escorregar pela pestana. Simples válvulas de escape. Um homem pragueja para não chorar, uma mulher chora para não praguejar.
Um homem martela um dedo, solta um daqueles palavrões capazes de fazer corar um diabo de pedra, e é um “mal educado”. Uma mulher pica um dedo, solta uma lágrima e é “sensível”.
Um homem fica sem a namorada porque ela achou que ele não ficava bem ao lado dos pais, chama-a de alguns nomes que não aparecem no dicionário, e claro é “uma besta”.
Uma mulher perde o namorado porque este a trocou por uma loira com curvas de fazer enjoar o marinheiro mais experiente, e coitada, tão sensível e “foi atraiçoada”.
“As mulheres são sensíveis!”. Claro que sim.
Admiro o esforço que ao longo dos séculos elas fizeram para que assim as considerássemos, de modo a ficarmos completamente enfeitiçados e dominados.
Porque sim, não nos estejamos convencidos de outra coisa, são elas quem nos domina e escolhe.
Benditas sejam !!!!

27.3.05

Soneto à esperança (... tal como volta o vento...)

Para este mundo consciente e de vaidade
Depois de te ver perdido estou
De teu fulgurante rubor terei saudade.
Tua luz pura em minha vida entrou.

Teu coração por mim não tem piedade,
Batendo no teu peito por mim passou,
E o olhar que me deu, sem idade.
Doces esperanças no meu deixou.

Mas agora neste desesperado sofrimento
De teus lindos olhos ja não vejo a cor,
E minha alma chora em grande clamor.

O meu ser esvai-se em vão lamento,
E espera que tal como volta o vento,
P’ra mim voltes com todo o teu amor.

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(JP) ---

18.3.05

A conquista


Não sei...
Talvez não percebas
A razão do meu rir quando te encontro.

Não sei...
Talvez não saibas,
A razão do meu êxtase quando aspiro
O perfume dos teus cabelos.

Não sei...
Talvez não notes,
Como fico embriagado ao beber
a profundidade do teu olhar.

Mas sim sei ...
Como gostaria de beijar o teu sorriso.
Como gostaria de sentir os teus seios no meu peito
Ao som de uma valsa.

Não pode estar errado o que sinto.
Os deuses não deixarão que este chorar de alma
Não tenha sentido, seja em vão.

Deixa-me conquistar-te serenamente
Tenciono fazer-te sentir que poderei ser
Teu amigo fiel, confidente, talvez amado.

Possuir-te !!!
Não penso tal.
Como poderia desejar um momento fugidio
De amor carnal.
Quando a minha alma está escorrendo
Doces fragancias,
No infinito êxtase da conquista do teu olhar.

Deixa-me amar-te serenamente
.